Descobrir - Património Complementar | VillaSicó

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Descobrir - Património Complementar

Capela da Constantina

Capela da ConstantinaCapela da Constantina
Uma jóia da arte religiosa na paróquia de Ansião. Construída no séc. XVII, na sequência do “milagre da Fonte Santa”.

A cerca de dois quilómetros a Nordeste de Ansião, num vale que segue até à Lagarteira, encontramos a povoação de Constantina. A sua Capela é uma jóia da arte religiosa na paróquia de Ansião.

Trata-se de um belo e espaçoso templo, edificado no século XVII, na sequência do milagre da Fonte Santa, para acolher os peregrinos que ali acorriam em grande número na busca de "remédio" para os seus problemas e sofrimentos ou para agradecerem à Senhora da Paz os benefícios recebidos.

Quem vem do lado da Fonte Santa, depara-se com uma larga escadaria de pedra que dá acesso a uma galilé alpendrada, com cobertura assente em dez colunas. A data de 1623, que se encontra na verga da porta principal, indica, provavelmente, a data da construção. No campanário tem a data de 1692 e o sino exibe a legenda: "SNRA DA PAZ ORA PRONOBIS", e a data de 1746.

O interior evidencia ainda a época áurea de outros séculos, quando esta localidade era o centro de convergência de inúmeros peregrinos. De nave única, o tecto é em madeira e o púlpito e escada são em pedra. Tem coro em madeira, a que se acede por uma estreita escada lateral.

Tem dois altares colaterais com mesa de pedra, retábulo de talha dourada e nichos, um dedicado a Santo António (o do lado esquerdo), o outro, a S. Bento (o do lado direito). Estes altares foram recuperados em 1993 pelo departamento de Arte e Arqueologia da Escola Superior de Tecnologia de Tomar.

O belo e gigantesco arco cruzeiro, em cantaria, faz a ligação da nave à Capela-mor e é lavrado e decorado por losângulos e assente em colunas salomónicas e motivos geométricos ornamentais.

O tecto da Capela-mor é constituído por 35 caixotões decorados com laçarias, ramos de plantas, conchas, motivos geométricos, torres, igrejas e árvores; os do fecho têm entre a ramagem a coroa real da dinastia de Bragança.

Nas paredes laterais encontram-se telas pintadas com motivos alusivos ao Génesis. Na parede do lado Sul: Eva a colher a maçã da árvore onde a serpente se envolveu; Adão e Eva juntos à árvore da vida; e, por último, Deus, Adão e Eva (com inscrição).

A parede lateral Norte da Capela-mor possui quatro retábulos com telas que representam o Anjo no momento da expulsão; a Expulsão de Adão e Eva; os filhos de Adão e Eva: Caim e Abel (Caim mata Abel); e Nossa Senhora da Conceição tendo nos pés a serpente.

O retábulo do Altar-mor é constituído por dois níveis com cinco pinturas seiscentistas sobre tábua de carvalho: no plano inferior, do lado esquerdo da imagem de Nossa Sra., está uma pintura de Jesus Cristo com três lanças apontadas ao coração de Maria; do outro lado, a Visitação de Maria a Santa Isabel; ao centro, a imagem de Nossa Senhora sobre um pequeno estrado suportado por três cabeças de anjos; no plano superior à imagem da Nossa Sra. está uma pintura de Nossa Sra. que investe um bispo, entregando-lhe a casula (veste litúrgica para a celebração da missa), a mitra (insígnia eclesiástica que cobre a cabeça) e obáculo (bordão); do lado esquerdo, uma pintura mais pequena retrata o nascimento de Jesus; e, do outro lado, a Virgem com o menino ao colo.

A capela tem Confraria com livro de estatutos e compromissos datado de 1623, assinado por D. Filipe III de Portugal.

Este bonito templo, rico pela sua história e pela arte pictórica que ostenta, está em vias de classificação.

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39°55'50.88"N | 8°25'46.60"W download GPX

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